SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MACEIÓ
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL MARIA CECÍLIA PONTES CARNAÚBA
RELATÓRIO DO PROJETO DE INICIAÇÃO BÁSICA DE INFORMÁTICA NO CONTEXTO
ESCOLAR
MARIA ANDRA DA SILVA
MACEIÓ, DEZEMBRO DE 2010
1 Introdução
Projeto
apresentado pela equipe diretiva da escola juntamente com a professora
ora lotada na sala de informática, para docentes das turmas de Ensino
Fundamental I visando implantar uma nova metodologia no trabalho pedagógico
escolar
.A escola
possui uma sala de informática equipada com 10 computadores dos quais 09 em
pleno funcionamento, no entanto até o momento do inicio do projeto não era
utilizada como ferramenta pedagógica no período da manhã.Para tentar reverter
este quadro, a equipe diretiva resolveu implantar o projeto em questão com o
objetivo de proporcionar uma metodologia de ensino diferenciada
A
proposta foi motivar o uso do computador como ferramenta pedagógica para a
melhoria da qualidade de ensino. Porém como foi descrito no projeto inicial,
aplicar essa metodologia, tornou-se tarefa difícil por vários fatores:
professor e alunos não estão preparados para tal mudança e a atual estrutura da
sala e da proposta curricular ainda não permite, pois existem conteúdos e
horários a serem cumpridos
.O
processo ocorreu utilizando o horário disponibilizado para aula na sala de
informática de forma variada de acordo com as necessidades de cada turma e
professor. Todo o trabalho desenvolvido seguiu de maneira que todos tivessem
acesso primeiro a uma introdução de como usar a máquina em si, posteriormente
os professores foram desenvolvendo atividades que complementassem ou
introduzissem os conteúdos programáticos de seus planos de ensino.
2 Desenvolvimento do
Projeto
Com a
rápida proliferação das informações, cresce as chances de os alunos perderem o
tempo do conhecimento. Atualmente a construção do conhecimento exige mais
velocidade e habilidades que promovam uma constante atualização das informações
recebidas. A aprendizagem deve ser um processo que perpassa a vida do aprendiz,
o que pede da escola uma postura que proporcione para os alunos muito mais do
que o aprendizado, as ferramentas para que ele possa aprender. Sendo assim, foi
fundamental a disponibilização da sala, do professor facilitador e dos horários
curriculares para que o trabalho pudesse ser efetivado.
2.1 procedimentos e atividades realizadas
Para
escolher a forma de desenvolvimento do projeto, algumas características foram consideradas:
- Professor e alunos nunca tinham trabalhado com o computador para fins didáticos;
- As turmas de alunos possuíam um número muito acima do número de máquinas disponíveis na sala de informática;
- A restrição imposta pelos encontros semanais;
- Muitos alunos nunca havia tido contato com o computador;
- Disposição de máquinas e cadeiras que não favoreciam o trabalho de postura e mobilidade adequadas;
Considerando
as características acima, optou-se por utilizar num primeiro momento, o contato
dos alunos e professores com a ferramenta educativa de maneira que melhor se
adequassem ao ao trabalho com a informática, considerando quantidade de alunos
do dia e objetivos educacionais do professor de cada turma. Como a proposta era
de iniciação ao uso do laboratório de informática como ferramenta pedagógica na
escola, fez-se necessário a apresentação de um quadro de horário semanal fixo
para cada turma.
Para cada máquina se posicionou dois alunos ou três, dependendo da
quantidade de alunos da turma naquele dia, quando um grupo superava a
quantidade de computares se utilizou a divisão de grupos e horários sendo a
metade da aula para a utilização do computador e a outra para atividade na sala
de informática, mas sem a utilização do computador. Todos os trabalhos desenvolvidos
pelos alunos formaram registrados no Diário de Classe de acordo com a
programação de cada professor.
2.2 Aplicação da Metodologia
O
trabalho pedagógico com as novas tecnologias, mais especificamente com a
Informática, ainda apresenta muitas limitações. Temos um quadro de professores
muito atarefados, o que dificulta uma formação continuada que mantenha o corpo
docente atualizado em todas as possibilidades de trabalho. No tocante à
realidade da nossa escola, percebemos a dificuldade de planejamento em relação
aos momentos na sala de informática. Por isso, a metodologia aplicada nas aulas
não ficou bem definida; o trabalho foi realizado de maneira adaptável a cada
situação particular das turmas envolvidas de modo que podemos relatar os
seguintes aspectos:
- A apreensão da realidade nos revelou uma significativa quantidade de alunos que nunca havia tido contato com computador; assim foi necessário trabalhar com aulas básicas de iniciação que aconteceram por etapas, apenas com o facilitador e os alunos sem a presença do professor da turma;
- Todas as atividades foram desenvolvidas em grupo e com a participação dos alunos na escolha e alguns jogos e aplicativos que possibilitassem uma ligação direta com o conteúdo ora estudado em sala de aula;
- A formação dos grupos era responsabilidade dos próprios alunos;
4.
Uma das várias atividades
propostas foi que os alunos depois de muito treino nos jogos de digitação e
manipulação dos periféricos do computador, do programa do Gcompris instalado
nos computadores, pesquisassem e escrevessem comentários digitados sobre o que
encontraram referente a algum conteúdo das disciplinas trabalhadas pelos
professores. Neste trabalho, os alunos deveriam pesquisar sobre as questões
direcionadas pelos seus respectivos professores. O resultado desta pesquisa
deveria ser guardado em uma pasta da turma para que o professor pudesse fazer
suas considerações posteriormente. Esta
atividade, porém não obteve o resultado esperado, pois os computadores não
estão interligados por rede o que dificultou o acesso do professor aos seus
trabalhos;
- Foram propostas também atividades que os alunos utilizassem os aplicativos disponíveis para a construção de um mural eletrônico. A ideia era que os alunos construíssem alguns conceitos. Mas, poucos alunos conseguiram concluir seu trabalho. Percebeu-se muita dificuldade com o manuseio da máquina e principalmente com a capacidade de compreensão dos alunos. As contribuições em sua maioria foram cópias de trabalhos já realizados e dos grupos em si, um grupo que terminava primeiro era copiado por os outros que não conseguiam sua própria criação.
- Em todos os momentos ocorreu a interferência do professor da sala de aula e do professor articulador da sala de informática no intuito de alertar os alunos como estas atividades poderiam ser executadas de forma cooperativa e motivando-os a superar as dificuldades.
Muito ainda precisa ser
elucidado sobre o trabalho com a tecnologia na educação. Essa pequena
experiência nos demonstrou a necessidade urgente de formação dos docentes nesta
área e de uma dinâmica de ensino que ofereça aos alunos a oportunidade de
manter contato permanente com essas tecnologias no cotidiano escolar, usando-os
para uma apropriação de conhecimento e também de sua construção, pois
percebemos que os alunos encontram muita dificuldade neste sentido. Estão acostumados
com o acesso apenas a jogos e á redes sociais desenvolvendo um conhecimento
superficial e pouco significativo para sua formação como estudante, dos
recursos da informática.
A observação dessas
questões nos aponta caminhos diferentes a serem trilhados no ano seguinte. As diferenças
de interesses e expectativas tanto dos alunos como dos professores nos propõe
um projeto mais voltado para uma melhor introdução de ambos ao mundo da
informática como ferramenta de conhecimento dentro da escola. Essas diferenças precisam
ser levadas em conta para que a gestão deste recurso disponível na escola seja
realizada com mais sucesso nas atividades propostas.
4 Referências Bibliográficas
BABIN, Pierre. A era da
Comunicação. São Paulo : Paulinas, 1989.
BUCCI, Eugênio. As tristes
Cópias do Medíocre. Nova Escola : Abril – nº 149, p.12, São Paulo, jan/
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MORAN, Jose Manuel. Mudanças
na Comunicação pessoal: Gerenciamento integrado da comunicação pessoal,
social e Tecnológica. São Paulo : Paulinas, 1998.
PUNTEL, Joana Terezinha. Cultura
midiática e a Igreja: uma nova ambiência. São Paulo : Paulinas, 2005.
REVISTA
DO CURSO EM GESTÃO DE PROCESSOS COMUNICACIONAIS. Comunicação e educação. São Paulo :
Paulinas/USP. Ano X n. 1. jan/abril.
2005.
VALENTE, José Armando. O Uso Inteligente do Computador na Educação, Revista Pátio, Ano 1, Nº 1, p 19-21,
Maio/Julho de 1997
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