sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

PROJETO PEDAGÓGICO SALA DE INFORMÁTICA



SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MACEIÓ


ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL MARIA CECÍLIA PONTES CARNAÚBA


RELATÓRIO DO PROJETO DE INICIAÇÃO BÁSICA DE INFORMÁTICA NO CONTEXTO ESCOLAR



MARIA  ANDRA DA SILVA







MACEIÓ, DEZEMBRO DE 2010
                








1 Introdução
Projeto apresentado pela equipe diretiva da escola juntamente com a professora ora lotada na sala de informática, para docentes das turmas de Ensino Fundamental I visando implantar uma nova metodologia no trabalho pedagógico escolar
.A escola possui uma sala de informática equipada com 10 computadores dos quais 09 em pleno funcionamento, no entanto até o momento do inicio do projeto não era utilizada como ferramenta pedagógica no período da manhã.Para tentar reverter este quadro, a equipe diretiva resolveu implantar o projeto em questão com o objetivo de proporcionar uma metodologia de ensino diferenciada
A proposta foi motivar o uso do computador como ferramenta pedagógica para a melhoria da qualidade de ensino. Porém como foi descrito no projeto inicial, aplicar essa metodologia, tornou-se tarefa difícil por vários fatores: professor e alunos não estão preparados para tal mudança e a atual estrutura da sala e da proposta curricular ainda não permite, pois existem conteúdos e horários a serem cumpridos
.O processo ocorreu utilizando o horário disponibilizado para aula na sala de informática de forma variada de acordo com as necessidades de cada turma e professor. Todo o trabalho desenvolvido seguiu de maneira que todos tivessem acesso primeiro a uma introdução de como usar a máquina em si, posteriormente os professores foram desenvolvendo atividades que complementassem ou introduzissem os conteúdos programáticos de seus planos de ensino.
               2 Desenvolvimento do Projeto
Com a rápida proliferação das informações, cresce as chances de os alunos perderem o tempo do conhecimento. Atualmente a construção do conhecimento exige mais velocidade e habilidades que promovam uma constante atualização das informações recebidas. A aprendizagem deve ser um processo que perpassa a vida do aprendiz, o que pede da escola uma postura que proporcione para os alunos muito mais do que o aprendizado, as ferramentas para que ele possa aprender. Sendo assim, foi fundamental a disponibilização da sala, do professor facilitador e dos horários curriculares para que o trabalho pudesse ser efetivado. 
               2.1 procedimentos e atividades realizadas
Para escolher a forma de desenvolvimento do projeto, algumas características foram consideradas:
  • Professor e alunos nunca tinham trabalhado com o computador para fins didáticos;
  • As turmas de alunos possuíam um número muito acima do número de máquinas disponíveis na sala de informática;
  • A restrição imposta pelos encontros semanais;
  • Muitos alunos nunca havia tido contato com o computador;
  • Disposição de máquinas e cadeiras que não favoreciam o trabalho de postura e mobilidade adequadas;
Considerando as características acima, optou-se por utilizar num primeiro momento, o contato dos alunos e professores com a ferramenta educativa de maneira que melhor se adequassem ao ao trabalho com a informática, considerando quantidade de alunos do dia e objetivos educacionais do professor de cada turma. Como a proposta era de iniciação ao uso do laboratório de informática como ferramenta pedagógica na escola, fez-se necessário a apresentação de um quadro de horário semanal fixo para cada turma.
Para cada máquina se posicionou dois alunos ou três, dependendo da quantidade de alunos da turma naquele dia, quando um grupo superava a quantidade de computares se utilizou a divisão de grupos e horários sendo a metade da aula para a utilização do computador e a outra para atividade na sala de informática, mas sem a utilização do computador. Todos os trabalhos desenvolvidos pelos alunos formaram registrados no Diário de Classe de acordo com a programação de cada professor.

               2.2 Aplicação da Metodologia
O trabalho pedagógico com as novas tecnologias, mais especificamente com a Informática, ainda apresenta muitas limitações. Temos um quadro de professores muito atarefados, o que dificulta uma formação continuada que mantenha o corpo docente atualizado em todas as possibilidades de trabalho. No tocante à realidade da nossa escola, percebemos a dificuldade de planejamento em relação aos momentos na sala de informática. Por isso, a metodologia aplicada nas aulas não ficou bem definida; o trabalho foi realizado de maneira adaptável a cada situação particular das turmas envolvidas de modo que podemos relatar os seguintes aspectos:
  1. A apreensão da realidade nos revelou uma significativa quantidade de alunos que nunca havia tido contato com computador; assim foi necessário trabalhar com aulas básicas de iniciação que aconteceram por etapas, apenas com o facilitador e os alunos sem a presença do professor da turma;
  2. Todas as atividades foram desenvolvidas em grupo e com a participação dos alunos na escolha e alguns jogos e aplicativos que possibilitassem uma ligação direta com o conteúdo ora estudado em sala de aula;
  3. A formação dos grupos era responsabilidade dos próprios alunos;
4.      Uma das várias atividades propostas foi que os alunos depois de muito treino nos jogos de digitação e manipulação dos periféricos do computador, do programa do Gcompris instalado nos computadores, pesquisassem e escrevessem comentários digitados sobre o que encontraram referente a algum conteúdo das disciplinas trabalhadas pelos professores. Neste trabalho, os alunos deveriam pesquisar sobre as questões direcionadas pelos seus respectivos professores. O resultado desta pesquisa deveria ser guardado em uma pasta da turma para que o professor pudesse fazer suas considerações posteriormente.  Esta atividade, porém não obteve o resultado esperado, pois os computadores não estão interligados por rede o que dificultou o acesso do professor aos seus trabalhos;
  1. Foram propostas também atividades que os alunos utilizassem os aplicativos disponíveis para a construção de um mural eletrônico. A ideia era que os alunos construíssem alguns conceitos. Mas, poucos alunos conseguiram concluir seu trabalho. Percebeu-se muita dificuldade com o manuseio da máquina e principalmente com a capacidade de compreensão dos alunos. As contribuições em sua maioria foram cópias de trabalhos já realizados e dos grupos em si, um grupo que terminava primeiro era copiado por os outros que não conseguiam sua própria criação.
  2. Em todos os momentos ocorreu a interferência do professor da sala  de aula e do professor articulador da sala  de informática no intuito de alertar os alunos como estas atividades poderiam ser executadas de forma cooperativa e motivando-os a superar as dificuldades.

4 Considerações finais
Muito ainda precisa ser elucidado sobre o trabalho com a tecnologia na educação. Essa pequena experiência nos demonstrou a necessidade urgente de formação dos docentes nesta área e de uma dinâmica de ensino que ofereça aos alunos a oportunidade de manter contato permanente com essas tecnologias no cotidiano escolar, usando-os para uma apropriação de conhecimento e também de sua construção, pois percebemos que os alunos encontram muita dificuldade neste sentido. Estão acostumados com o acesso apenas a jogos e á redes sociais desenvolvendo um conhecimento superficial e pouco significativo para sua formação como estudante, dos recursos da informática.
A observação dessas questões nos aponta caminhos diferentes a serem trilhados no ano seguinte. As diferenças de interesses e expectativas tanto dos alunos como dos professores nos propõe um projeto mais voltado para uma melhor introdução de ambos ao mundo da informática como ferramenta de conhecimento dentro da escola. Essas diferenças precisam ser levadas em conta para que a gestão deste recurso disponível na escola seja realizada com mais sucesso nas atividades propostas.


4 Referências Bibliográficas

BABIN, Pierre. A era da Comunicação. São Paulo : Paulinas, 1989.
BUCCI, Eugênio. As tristes Cópias do Medíocre. Nova Escola : Abril – nº 149, p.12, São Paulo, jan/ fev. 2002.
MORAN, Jose Manuel. Mudanças na Comunicação pessoal: Gerenciamento integrado da comunicação pessoal, social e Tecnológica. São Paulo : Paulinas, 1998.
PUNTEL, Joana Terezinha. Cultura midiática e a Igreja: uma nova ambiência. São Paulo : Paulinas, 2005.   
REVISTA DO CURSO EM GESTÃO DE PROCESSOS COMUNICACIONAIS.  Comunicação e educação. São Paulo : Paulinas/USP.  Ano X n. 1. jan/abril. 2005.
VALENTE, José Armando. O Uso Inteligente do Computador na Educação, Revista Pátio, Ano 1, Nº 1, p 19-21, Maio/Julho de 1997

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